Fisioterapia para escoliose: A Importância dos Exercícios Fisioterapêuticos específicos para Escoliose - PSSE
A escoliose é uma condição que afeta a coluna vertebral e requer cuidados especiais para prevenir a progressão da curvatura e proporcionar uma melhor qualidade de vida aos pacientes. Nesse contexto, a fisioterapia para escoliose desempenha um papel fundamental como medida preventiva e tratamento eficaz. Neste artigo, abordaremos a importância desses exercícios e como eles podem ser incorporados ao tratamento da escoliose, oferecendo uma abordagem eficiente para essa condição.
A Incorporação Precoce dos Exercícios Fisioterapêuticos
É fundamental iniciar os exercícios fisioterapêuticos específicos para escoliose logo após o diagnóstico ou durante a fase de observação, antes mesmo de considerar o uso de órteses. Ao contrário do que se acreditava anteriormente, a utilização de exercícios deve preceder o uso de coletes, oferecendo uma abordagem mais eficaz para o tratamento da escoliose.
Determinando o Risco de Progressão da Escoliose
Existem diversas fórmulas desenvolvidas para calcular o risco de progressão da escoliose. No entanto, é importante ressaltar que essas fórmulas são baseadas em estudos realizados em populações de pacientes com alto grau de curvatura, com foco na prevenção cirúrgica. Portanto, a aplicação dessas fórmulas não é universal, e uma combinação de fatores deve ser considerada para determinar o risco de progressão. Alguns desses fatores incluem:
- Evidências de progressão da escoliose em radiografias ou alterações clínicas que ultrapassem a margem de erro conhecida para medição.
- Dados clínicos e radiológicos iniciais próximos aos limites previamente estabelecidos.
- Presença de um componente postural significativo.
- Riscos elevados devido a outros fatores conhecidos de progressão.
O Papel dos Exercícios Fisioterapêuticos como Alternativa ao Uso de Órteses
Embora os exercícios fisioterapêuticos não sejam capazes de reduzir a curvatura da escoliose, sua importância como alternativa ao uso de órteses é inegável. Estudos recentes têm levantado dúvidas sobre essa hipótese, mas a prática clínica demonstra que os exercícios podem desempenhar um papel crucial na estabilização da curvatura e no adiamento ou evitação do uso de coletes.
Em casos de curvaturas acima de 30 graus, a menos que o surto de crescimento da puberdade esteja distante e exista um componente postural significativo, os exercícios nunca devem ser substituídos pelo uso da órtese. No entanto, em curvaturas superiores a 25 graus, onde há incertezas quanto à aplicação de uma órtese e a possibilidade de estabilidade, os exercícios devem ser considerados como uma opção viável, levando em conta a ausência de outros fatores de progressão e uma idade relativamente avançada.
A Importância do Tratamento Conservador da Escoliose
Acreditamos firmemente no tratamento conservador da escoliose, baseado não apenas em nossa experiência clínica, mas também em estudos científicos recentes. Os exercícios fisioterapêuticos desempenham um papel crucial nessa abordagem, que deve ser iniciada precocemente e adaptada às necessidades individuais de cada paciente.
Para que o tratamento seja bem-sucedido, a cooperação ativa de toda a equipe terapêutica é fundamental. Médicos, fisioterapeutas, técnicos de órteses e, quando necessário, psicólogos devem trabalhar em conjunto para garantir o melhor resultado possível. No entanto, o elemento mais importante dessa equipe é o próprio paciente e sua família, cuja confiança e cooperação devem ser conquistadas. Essa parceria é indispensável para alcançar o sucesso no tratamento da escoliose.
A Importância dos Exercícios Fisioterapêuticos no Tratamento da Escoliose
Os exercícios fisioterapêuticos desempenham um papel fundamental no tratamento eficiente da escoliose. Eles não apenas fortalecem a musculatura e melhoram a postura, mas também auxiliam na estabilização da curvatura e no alívio dos sintomas associados à condição.
A terapia fisioterapêutica deve ser individualizada, levando em consideração o grau de curvatura, a idade do paciente, o estágio de crescimento e outros fatores relevantes. Os exercícios podem envolver alongamentos, fortalecimento muscular, reeducação postural e técnicas de respiração adequadas. Através dessas abordagens terapêuticas, é possível melhorar a função respiratória, a mobilidade e a qualidade de vida dos pacientes com escoliose.
Conclusão
Os exercícios fisioterapêuticos são uma peça fundamental no tratamento eficiente da escoliose. Sua incorporação precoce, individualização e aplicação adequada são essenciais para alcançar resultados significativos na estabilização da curvatura e no bem-estar dos pacientes.
Acreditamos no poder transformador dos exercícios fisioterapêuticos e em seu papel crucial como alternativa ao uso de órteses em determinados casos. Por meio de uma abordagem terapêutica personalizada, é possível ajudar os pacientes a viverem uma vida plena e ativa, mesmo diante dos desafios da escoliose.
Se você deseja obter mais informações sobre como tratar a escoliose e incorporar exercícios fisioterapêuticos ao seu plano de tratamento, visite nosso site. Estamos comprometidos em fornecer orientações precisas e atualizadas para ajudar você a tomar decisões informadas sobre sua saúde e bem-estar.
Lembre-se de que cada caso de escoliose é único, e um tratamento individualizado é essencial. Consulte um especialista em escoliose para obter um diagnóstico preciso e um plano de tratamento personalizado.
1) ICF- Classificazione Internazionale del Funzionamento, della Disabilità e della Salute Ed. Geneva, Switzerland: Wolrld Health Organization, 2001.
2) Bunnell WP. Selective screening for scoliosis. Clin Orthop Relat Res 2005:40-5. Cobb J. Outline for the study of scoliosi s. Instructional Course Lectures 1948;5:241-75. Grosso C, Negrini S, Boniolo A, et al. The validity of clinical ex amination in adolescent spinal deformities. Stud Health Technol Inform 2002;91:123-5.
3) Lonstein JE. Scoliosis: surgical versus nonsurgical treatment. Clin Orthop Relat Res 2006;443:248-59.
4) Nachemson A, Sahlstrand T. Etiologic fact ors in adolescent idiopathic scoliosis. Spine 1977;1:176-84.
5) Negrini S, Aulisa L, Ferraro C, et al. Italian guidelines on rehabilitation treatment of adolescents with scoliosis or other spinal deformities. Eura Medicophys 2005;41:183-201.
6) Negrini S, Negrini A, Santambrogio GC, et al. Relation Between Static Angles of the Spine and a Dynamic Event Like Posture: Approach to the Problem. In D’Amico M, Merolli A, Santambrogio GC eds. Three Dime nsional Analysis of Spinal Deformities. Amsterdam: IOS Press – Ohmsha, 1995:209-14.
7) Romano M, Carabalona R, Petrilli S, et al. Forces exerted during exercises by patients with adolescent idiopathic scoliosis wearing fiberglass braces. Scoliosis 2006;1:12. Sibilla P. Il trattamento conservativo attivo de lla scoliosi idiopatica in Italia. In Negrini S, Sibilla P eds. Le deformità vertebrali: stato dell’arte. Vigevano: Gruppo di Studio Scoliosi e patologie vertebrali, 2001:20-41.
8) Sibilla P. Trent’anni di scoliosi. Lezione “non” magistrale. In Negrini S, Rainero G eds. Rachide & Riabilitazione 2002. Vigevano: Gruppo di Studio Scoliosi e patologie Stucki G, Grimby G. Applying the ICF in medicine. J Rehabil Med 2004:5-6.
9) Weinstein SL. Natural history. Spine 1999;24:2592-600.
10) Weiss HR, Weiss G. Curvatur e progression in patients treated with scoliosis in-patient rehabilitation–a sex and age matched controlled study. Stud Health Technol Inform 2002;91:352-6.
11) Winter RB, Lonstein JE. To brace or not to brace: the true value of school screening. Spine 1997;22:1283-4.
12) Zaina F, Negrini S, Monticone M, et al. Repeatability of the Aesthetic Index for adolescent scoliosis idiopathic evaluation. In O’Brien JP, Hawes MC eds. 4th International Conference on Conservative Management of Spinal Deformities. Boston: SOSORT (Society on Scoliosis Orthopaedic and Rehabilitation Treatment), 2007.