SEAS, um protocolo ou uma abordagem de exercícios específicos para o tratamento de escoliose, projetado e desenvolvido pelo ISICO da Itália, alcança mais um sucesso.
Em uma carta que acaba de ser publicada e assinada por todos os Ex-Presidentes e membros do conselho do SOSORT* é reconhecido o estudo italiano realizado pelo Physical Medicine and Rehabilitation Unit, Scientific Institute of Lissone, Salvatore Maugeri Foundation, Institute of Care and Research, IRCCS: “A auto-correção ativa e os exercícios recomendados reduzem a deformidade da coluna e promovem qualidade de vida em indivíduos com escoliose idiopática do adolescente leve. Resultado de um estudo randomizado controlado.”
Segundo o Dr. Stefano Negrini**: “trata-se de um duplo sucesso para a escola italiana de reabilitação. Os exercícios desenvolvidos de acordo com a escola ISICO continuam a demonstrar sua eficiência. O mérito é do grupo de trabalho que criou esta abordagem e continua a sua evolução. Também é um sucesso italiano quando se trata de um estudo de alta qualidade produzido pela equipe da Fundação Maugeri que é completamente independente do ISICO, onde verificou mais uma vez com evidencia científica que o SEAS funciona. A carta enfatizou os méritos do estudo e reafirma que se trata da escola italiana desenvolvida pelo ISICO.”
Nós do Projeto Escoliose ficamos muito felizes também em fazer parte deste trabalho, dedicado a proporcionar as mais novas técnicas de tratamento não cirúrgico para escoliose idiopática do adolescente. Quando há alguns anos fomos buscar esta formação (SEAS) o fizemos levando em consideração o conhecimento que havíamos adquirido em mais de 15 anos de prática clínica e ter utilizado uma série de outras técnicas e métodos que até os dias de hoje não contam com evidência científica de sua eficiência.
Enquanto o mundo continua evoluindo, em nosso país ainda não são realizadas pesquisas de qualidade que possam ajudar a identificar com clareza as alternativas terapêuticas corretas para oferecer aos pacientes acometidos de EIA (escoliose idiopática do adolescente).
Com a carência de profissionais com formação e profundo conhecimento da patologia, continuamos sem oferecer atendimento amplo em todo nosso território o que favorece a manutenção de um alto índice de cirurgias de escoliose no Brasil. Quando uma escoliose não é detectada precocemente sua historia natural provavelmente a levará a uma sala de cirurgia acarretando altos custos às famílias dos pacientes ou ao sistema de saúde público.
Precisamos que a classe médica tome consciência que o paradigma “esperar e observar” já foi quebrado quando encontramos exemplos da eficiência do SEAS sendo reconhecida por uma comunidade de especialistas.
Nossos parabéns ao ISICO e seus competentes profissionais.
* (Sociedade Científica Internacional para Estudo e Tratamento Conservador da Escoliose)
** Médico, Diretor científico do ISICO (Istituto Scientifico Italiano Colonna Vertebrale)
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