Uso do colete para escoliose com responsabilidade.

Nesta postagem informamos com deve ser seu uso e os benefícios que proporciona para o tratamento da escoliose

O profissional envolvido no tratamento da EIA – Escoliose Idiopática do Adolescente – tem influência direta sobre a adesão ao uso do colete e do sucesso no tratamento da escoliose.

Poucas instituições e profissionais dedicam tempo necessário para prestar informações e esclarecimentos sobre a escoliose e seu tratamento.

Contradizendo esta informação, o Instituto de Escoliose Patricia Italo Mentges  dedica muitas horas desde o primeiro encontro ou atendimento para prover esclarecimentos e desfazer informações equivocadas que muitas vezes geram angustia e mal-entendidos.

Graças a nossa larga experiência sabemos que ao se falar de tratamento da escoliose e uso de colete é nossa obrigação suprir com orientação que deixou de ser fornecida ou ainda corrigir as prestadas equivocadamente.

Pesquisadores norte-americanos concluíram que fornecer aos pacientes com EIA – Escoliose Idiopática do Adolescente – e suas famílias informações objetivas complementares assim como receber o feedback no decorrer do tratamento aumenta a adesão, ou seja, a quantidade de horas do uso do colete e isto está diretamente ligado a um melhor resultado no tratamento da escoliose.

A pesquisa consistiu em registrar se o número de horas de uso do colete foi influenciado por aconselhamento feito durante o acompanhamento do tratamento da escoliose. Este estudo dividiu e acompanhou 2 grupos de pacientes: 1 com 93 (noventa e três) e o outro com 78 (setenta e oito) pacientes. O primeiro grupo recebeu informações e aconselhamento, o segundo grupo não.

A magnitude média da curva no momento do início do uso do colete foi de 33,2º Cobb no grupo de aconselhamento e de 33.9º Cobb no grupo não aconselhado. Os pacientes do grupo aconselhado usaram o colete uma média de horas superior ao grupo que não foi aconselhado e consequentemente alcançaram resultados superiores, ou seja, a maioria não apresentou piora da curva. Os melhores resultados foram relacionados ao maior numero de horas de uso do colete.

Os pacientes que receberam as informações objetivas, utilizaram o colete 30% mais horas que o grupo que não recebeu orientação, aconselhamento e esclarecimentos.

Informar o paciente e seus familiares, durante as reavaliações, dos resultados que estão sendo obtidos devido ao maior tempo de uso do colete reforça a adesão em si.

Monitoramento da adesão, através de sensores, e o respectivo aconselhamento deve se tornar parte da gestão clínica de pacientes com escoliose idiopática do adolescente.

A medição de número de horas de uso do colete foi obtida através utilização de um sensor que permite esta leitura.

Por outro lado, as diretrizes da SOSORT recomendam que o fisioterapeuta deve checar regularmente o colete e orientar para assegurar ou aumentar a adesão ao seu uso.

Para atender a esta recomendação, o fisioterapeuta necessariamente deve conhecer os princípios norteadores do colete, sua concepção, confecção e ajustes, assim será capaz de avaliar sua qualidade e ter capacidade de se comunicar com seu paciente e familiares para obter a adesão ideal ao uso do colete e também ao tratamento da escoliose.

Conscientes de atender as necessidades dos profissionais no nosso país, o Instituto Brasileiro de Escoliose trará mais um curso de máxima relevância para o tratamento da Escoliose Idiopática do Adolescente.

O curso “Colete 3D Rigo-Chêneau” é dividido em duas partes: uma destinada a todos os profissionais envolvidos no tratamento da escoliose como médicos, fisioterapeutas e ortesistas, que consiste basicamente dos fundamentos e concepção do colete Rigo-Chêneau, sua aplicação e fabricação. A segunda destinada somente aos ortesistas para a prática da confecção do colete Rigo-Chêneau.

Fontes:

2016 SOSORT guidelines: orthopaedic and rehabilitation treatment of idiopathic scoliosis during growth. Negrini et al  [Scoliosis and Spinal Disorders 2018]

Effect of Compliance Counseling on Brace Use and Sucsses in Patients with Adolescent Idiopathic Scoliosis.   Karol LA et al    [J Bone Joint Surg Am.2016]   

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