O tratamento de Escoliose
Pacientes diferentes, tempos diferentes.
No ambiente do tratamento de escoliose, quase sempre encontramos proposições sem nenhuma base ou evidencia cientifica.
Milhares de vezes ouvimos a panaceia de que a única forma de tratamento eficiente é a cirurgia. Mais do que frequentemente profissionais envolvidos com este procedimento não levam em consideração que esta proposição já tem mais de 40 anos – mesmo querendo travesti-la de cirurgia minimamente invasiva – e o tratamento evoluiu no seu tipo e forma.
Vide publicação no SRS (Scoliosis Research Society) Position Statement – Screening for the Early Detection for Idiopathic Scoliosis in Adolescents SRS/POSNA/AAOS /AAP Position Statement
Da mesma forma, encontramos profissionais que acreditavam estar se aprimorando num método de trabalho que se aplica genericamente a muitas alterações e que de forma nada científica propõe um tratamento para a escoliose, lamentavelmente estes métodos ou técnicas não específicas não se sustentam sobre base científica.
Muitas vezes os pacientes que precisam de um tratamento recorrem, por desconhecimento, a profissionais não capacitados e/ou qualificados como é recomendado nos consensos científicos. Para estes reconhecer que seu tratamento está mal conduzido é difícil, se apegam a ele como se se trata-se do último salva-vidas do navio naufragado.
Está mais do que na hora que tanto os profissionais como os pacientes despertem a esta nova realidade.
Os Exercícios Fisioterapêuticos Específicos para Escoliose (SSE Scoliosis Specific Exercices) são a base do tratamento eficiente e com sustentação cientifica, também o uso de uma órtese de última geração 3D Cad/Cam (Com base no SRS and Sosort Criteria) permite obter os melhores resultados. Veja link externo
Dentro de tantos de nossos pacientes atendidos, queremos apresentar 4 casos que tem uma relação direta com o título deste post.
Caso 1> Adolescente sexo feminino, 12 anos + 2 meses, no início do tratamento,
Escoliose com + de 50 graus Cobb. Paciente e pais se recusando a fazer a cirurgia.
Intervalo entre o primeiro registro e o atual = 18 meses
Caso 2 > Adolescente sexo feminino, 13 anos + 5 meses no início do tratamento,
Escoliose com mais de 50 graus Cobb. Paciente e pais se recusando a fazer a cirurgia.
Intervalo entre o primeiro registro e o atual = 5 meses
Caso 3> Adolescente sexo masculino, 13 anos + 3 meses, no início do tratamento,
Escoliose com + de 50 graus Cobb. Paciente e pais se recusando a fazer a cirurgia.
Intervalo entre o primeiro registro e o atual = 12 meses
Caso 4> Adolescente sexo feminino, 12 anos + 8 meses, no início do tratamento,
Escoliose com + de 50 graus Cobb. Paciente e pais se recusando a fazer a cirurgia.
Intervalo entre o primeiro registro e o atual = 17 meses
Todos estes resultados são preliminares. O tratamento de escoliose continua em andamento.
Somos o único centro de tratamento não cirúrgico da escoliose que detém a qualidade de especialista em toda a América Latina.
Defendemos a detecção precoce e o tratamento adequado desde o momento da sua detecção.
“Observar e Esperar não é tratar”
Defendemos que a cirurgia em escoliose idiopática só deve ser recomendada quando foram esgotados todos os recursos técnicos e humanos levando-se sempre em conta a segurança da saúde do paciente.
A escoliose não é o Cobb, título de post anterior, que destaca que não se pode tomar a decisão de realizar uma cirurgia com base apenas nos graus Cobb, isto é, no mínimo uma total falta de conhecimento da história natural da doença.