Ângulo de Cobb instituto de escoliose dra patricia italo mentges

Ângulo de Cobb

Cobb ou Ângulo de Cobb, é a nomenclatura mais adotada para quantificar a magnitude das deformidades da coluna, especialmente no caso da escoliose, em radiografias simples em AP e perfil. Também é utilizada para avaliação do plano sagital da escoliose e para a medição de cifose e lordose

Padrão “Ouro”

É considerado o “padrão ouro” ortopédico para a avaliação da escoliose.

O ângulo Cobb foi descrito pela primeira vez em 1948 pelo Dr. John R Cobb.

Uma escoliose é definida como uma curvatura tridimensional da coluna vertebral com um ângulo Cobb de 10 ° ou mais.
Porém não somente isto assegura a presença da escoliose.

Medição do Angulo de Cobb

Para medir o ângulo de Cobb, é necessário ter uma Radiografia Panorâmica da Coluna Vertebral. 

A primeira coisa a definir são as vértebras limites que são as mais inclinadas da extremidade da curva. A seguir identifica-se o platô superior da vértebra limite superior e o platô inferior da vértebra limite inferior. Diferentemente do que as vezes se encontra em alguns textos, não são as vértebras com inclinação, mas sim, as mais inclinadas são as que indicam o começo ou fim da curva.

Então, são traçadas linhas ao longo da parte superior da vértebra (platô  superior) mais inclinada superior e inferior da vértebra (platô inferior) mais inclinada inferior. A seguir, duas outras linhas perpendiculares  a estas, ou seja, são desenhadas formando um ângulo de 90 graus, para que se cruzem.

O ângulo resultante é medido e o número é expresso em graus.

Limitações do Ângulo de Cobb.

Embora o ângulo Cobb seja o padrão atual para a mensuração da escoliose, é importante saber que há uma série de limitações reconhecidas, uma vez que as medidas são sequenciais e muitas decisões erroneamente são tomadas apenas levando-se e conta este parâmetro :

1 – É uma medida bidimensional de uma condição tridimensional.
O ângulo Cobb mede a amplitude da curva em um plano. Não captura a imagem completa da posição da coluna vertebral.

2 – Variação intra-observador e inter-observador (variação de pelo menos 5-10 °). Isto significa que a mesma pessoa em ocasiões diferentes ou duas pessoas meçam diferente o mesmo exame, mesmo utilizando as mesmas vértebras.
Por este motivo, deve-se ter cuidado ao comparar dois raios-x se a diferença no ângulo Cobb for inferior a 5 graus. A diferença aparente pode ser devido ao erro de medição, e não a qualquer alteração real na posição da coluna vertebral!

3 – Rotação: alteração de rotação de pacientes entre exames pode alterar significativamente as medidas (pode ser tão alta quanto a variação de 20 °); O posicionamento consistente deve, portanto, ser obtido e deve sempre ser o mesmo.

4 – Variação diurna: no mesmo paciente no mesmo dia, a curvatura aumenta ao longo o dia (variação de 5 °).
Deve-se orientar a realizar o exame sempre no mesmo horário.

Em geral, e apesar da limitação acima mencionada, se uma variação superior a 10 ° no ângulo Cobb for medida, é provável que 95% representem uma diferença verdadeira.

Instituto de Escoliose como centro de excelência no tratamento e referencia internacional defende que o exame clínico composto de outras medições deve ser implementado, assim as alterações nas 3 dimensões do espaço podem ser verificadas.

As avaliações de função, incluindo a respiratória via exame de espirometria, estética e de qualidade de vida devem ser incluídas e analisadas junto ao ângulo de Cobb.
Somente de posse de todos estes resultados é possível se ter uma avaliação real da evolução do tratamento.

Restringir-se ao ângulo de Cobb para tomada de decisão clínica, além de insuficiente é potencialmente perigoso.

dra sabrina donzelli instituto de escoliose

Assista o vídeo no Scoli Talk 2020

Veja o que a Dra. Sabrina Donzelli, uma das maiores autoridades sobre escoliose, diz sobre atitude terapeutica baseada em ângulo Cobb. Durante o  Escoliose Talks Brasil 2020 realizado pelo Instituto de Escoliose.

Referências:

¹,² Hawes, Martha C., Ph.D., Scoliosis and the Human Spine: A critical review of clinical approaches to the treatment of Spinal deformity in the United States, ansd a proposal for change, Tuscon, Arizona: West Press, 2003.

³  Moe’s Textbook of Scoliosis and Other Spinal Deformities, Third Edition, Lonstein J, Bradford D, Winter R, Ogilvie J, WB Saunders, Philadelphia.

4  Patients with adolescent idiopathic scoliosis perceive positive improvements regardless of change in the Cobb angle – Results from a randomized controlled trial comparing a 6-month Schroth intervention added to standard care and standard care alone. Sanja SchreiberEric C. ParentDoug L. HillDouglas M. HeddenMarc J. Moreau and Sarah C. Southon

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