Junho – mês da conscientização da Escoliose

conscientização da escoliose

Conscientização  da escoliose, junho seu mês.

Conscientização da escoliose, hoje se inicia o mês internacional ao redor do mundo.

Nós do Projeto Escoliose Brasil queremos nos somar a este grande esforço que no mundo todo se faz para que a sociedade tome consciência desta patologia.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, de 2 a 4 % da população sofre de escoliose, em contas simples seria algo em torno de 6 milhões de brasileiros.

A questão aqui não se trata apenas deste número gigantesco do nosso povo que sofre, se trata sim do descaso claro por parte das políticas de saúde governamentais onde não incluem a escoliose como uma patologia de fácil prevenção e quando identificada prematuramente pode significar toda a diferença na vida de um brasileiro ou uma brasileira.

O que nós encontramos facilmente nos meios de saúde como “solução” é a cirurgia. Esta sem dúvida estará  no fim mas nunca será o inicio da solução.

Conscientização da escoliose – sua importância

É importante que se tenha consciência de que na grande maioria dos casos não será preciso chegar à cirurgia, pois os estudos apontam que tão somente,  menos de 20% do total dos casos chegará à cirurgia. Trata-se de casos onde apesar de terem se usado todas as alternativas de um tratamento conservador, evoluirão e tão somente poderão acabar num centro cirúrgico.

Mas afinal porque quase sempre encontramos opiniões dizendo que só uma cirurgia trará solução à escoliose?

A resposta é muito simples: NÃO ENCONTRAMOS POLÍTICAS DE SAÚDE VOLTADAS PARA A DETECÇÃO PRECOCE E A QUASE INEXISTÊNCIA DO TRATAMENTO CONSERVADOR (tratamento não cirúrgico) ou se resumindo este apenas à utilização de colete ortopédico que em muitos casos no Brasil, os modelos recomendados ultrapassam mais de 40 anos desde o início de sua utilização.

Sim, porque o que encontramos no Brasil são coletes que já não fazem parte de estudos por estarem sendo considerados obsoletos (opiniões reiteradamente afirmadas em congressos internacionais de tratamento conservador).

Dentro do tratamento conservador também negligencia-se um outro componente que são os exercícios terapêuticos especializados para escoliose (PASSARAM A SER DENOMINADOS COMO  EXERCÍCIOS FISIOTERAPÊUTICOS ESPECÍFICOS PARA ESCOLIOSE, cometário atualizado), em grande parte pela falta de profissionais especializados e/ou devidamente habilitados e em outra pelo desconhecimento de certos setores envolvidos no tratamento da escoliose, de que existem alternativas para tentar conter o crescimento das escolioses idiopáticas estruturadas.

Hoje é um dia para celebrar com esperança as jornadas vindouras que trarão o conhecimento que a escoliose afeta muitos brasileiros no seu dia a dia e que poderão num futuro próximo contar com todo auxílio que merecem.

Assim, queremos nós do PROJETO ESCOLIOSE BRASIL, ajudar de alguma forma a mudar esta tão ignorada realidade em que vivem os portadores de escoliose e suas famílias que sofrem juntas ao tentarem encontrar o melhor tratamento.

Possam os portadores de escoliose saber que não são os únicos que sofrem e que além de superá-la, podem também ajudar a outros que sofrem muitas vezes em silencio por não contarem a quem recorrer.

Para coroar este mês de reflexão que é dos portadores de escoliose, dos médicos que tratam de forma séria esta patologia, dos fisioterapeutas que diante de uma crua realidade tentam se aperfeiçoar para melhor atender, vamos encerrá-lo com um encontro promovido pelo nosso projeto. O 1º Encontro de portadores de Escoliose no Rio de Janeiro que acontecerá no dia 22 de junho de 2013 no Barra Life Medical Center, na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro.

Este ano será o primeiro de muitos outros que virão e que sirva de inspiração para que em outras cidades a partir de agora organizem encontros semelhantes, permitindo aos portadores encontrar outros iguais que estão em busca de uma qualidade de vida que todos têm direito. (PARECIA UMA PROFECIA,  comentário atualizado)

Força a todos e que nossas vidas comecem a mudar porque todos merecemos ser felizes!

Para que o mês de Junho – mês da conscientização da Escoliose se transforme no mês brasileiro da conscientização da escoliose!

Um grande abraço a todos estes guerreiros encoletados, operados ou não!

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Escoliose em crianças: o que você precisa saber!

A escoliose em crianças pequenas é comum e muitas vezes passa despercebida.No entanto, a escoliose – ou uma curvatura lateral da coluna – afeta quase 2 a 3 por cento da população. Em criança pequena,  que acontece se tem escoliose?  Normalmente nada. Muitas vezes é tão suave que você não pode realmente dizer  que há uma escoliose- exceto por uma posição desigual dos ombros ou quadris. Mas o que pode acontecer é  que a curvatura da coluna vertebral pode causar uma rotação das vértebras ou  vice-versa. A flexão não natural pode fazer com que os ossos da coluna pareçam um ‘S’ ou um ‘C’ em vez de sua linha reta usual.  Quais são os diferentes tipos de escoliose? A Cleveland Clinic, com sede nos EUA, explica que existem três tipos de escoliose pediátrica e adolescente: Escoliose idiopática. Este é o tipo mais comum. ‘Idiopático’ significa que a causa é desconhecida, mas como ocorre em famílias, tem uma base genética. Escoliose congênita. Esta é uma anormalidade da coluna bastante rara detectada no nascimento. Escoliose neuromuscular. Esta é uma curvatura da coluna causada por anormalidades nos músculos e nervos que sustentam a coluna. Exemplos incluem pacientes com paralisia cerebral, espinha bífida e distrofia muscular. Existem várias causas da escoliose. Porém a mais comum é chamada de idiopática, ou seja, não tem causa conhecida, embora existam várias teorias.  O que causa a escoliose? Existem várias causas da escoliose. Porém a mais comum é chamada de idiopática, ou seja, não tem causa conhecida, embora existam várias teorias.  Outras formas de escoliose são causadas por problemas neuromusculares, por exemplo, paralisia cerebral; síndromes relacionadas ao desequilíbrio neuromuscular; malformações congênitas das vértebras, etc. Que testes ajudam um médico a determinar que o paciente tem a doença? Há uma série de testes que devem ser realizados para concluir que um paciente tem a condição e decifrar a gravidade dela. SpineUniverse, um recurso online dedicado à educação da coluna, explica os testes como físicos e baseados em imagens.   Testes físicos: Teste de curvatura para frente: Seu médico também pode usar este teste para ver a curva anormal. Teste do fio de prumo: Esta é uma verificação visual rápida para ver se a coluna está reta. Na escoliose, o fio de prumo cairá para a esquerda ou direita da coluna, em vez de passar pelo meio das nádegas. Escoliômetro: Se o médico vir uma corcunda na costela, ele pode usar uma ferramenta de escoliômetro para medir o tamanho da corcunda. É um exame indolor e não invasivo. Comprimento da perna: as pernas são medidas e comparadas para determinar a discrepância. Palpação: Seu médico determinará anormalidades da coluna vertebral pela sensação. As costelas ou músculos lombares podem parecer mais proeminentes em um lado da coluna do que no outro. Amplitude de movimento: Seu médico medirá o grau em que seu filho pode realizar movimentos de flexão, extensão, flexão lateral e rotação da coluna vertebral. O médico também observa assimetria. Além da avaliação física, seu médico pode sugeriri um exame neurológico. O objetivo é anotar áreas de dormência, formigamento, fraqueza e outros sintomas neurológicos, que podem incluir alterações na função intestinal ou da bexiga. O médico ou  profissional especializado pode realizar o teste de flexão para frente para verificar se há uma curvatura anormal. Testes de imagem Duas visualizações são normalmente tiradas em raios-x para escoliose para ilustrar a natureza completa da curva, acrescenta: Radiografias PA (posterior-anterior, ou de trás para frente) e laterais (laterais). As radiografias AP de flexão lateral (anterior-posterior ou de frente para trás) avaliam a flexibilidade da coluna vertebral.  Meninas ou meninos são mais propensos a ter escoliose idiopática? A escoliose idiopática do adolescente é mais comum em meninas e em meninos na escoliose idiopática juvenil. Qual é o tratamento para a escoliose? O tratamento depende da gravidade da escoliose no momento do diagnóstico e da causa subjacente.  O diagnóstico precoce permite o tratamento com  fisioterapeia especializada ou em conjunto com  aparelhos (órtese). É importante entender que a fisioterapia especializada é aquela que está baseada em métodos e técnicas com  reconhecida evidência científica.  O Instituto de Escoliose como  membro da SOSORT segue suas recomendações. Diagnóstico tardio e curvas severas (acima de 50 graus) podem exigir correção cirúrgica e fusão das vértebras afetadas.  A cirurgia é rara Apenas uma pequena porcentagem de pacientes com escoliose requer tratamento. Cerca de 30 por cento requerem órtese, e um por cento ainda menor – cerca de 10 por cento – dos pacientes realmente precisam de cirurgia.Fonte: John Hopkins Medicine, EUA PRECISO DE ATENDIMENTO Este post foi escrito por: VEJA TAMBÉM:

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O ballet ajuda na escoliose
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O Ballet ajuda na escoliose

O Ballet ajuda na escoliose realmente? Se seguirmos a linha de raciocínio de diversas publicações científicas onde se faz uma relação da hipocifose ou retificação da cifose torácica com a piora/progressão da escoliose, será que a prática do Ballet ajuda na escoliose e poderia ser indicada para quem tem escoliose? Ao desconhecer a escoliose quando se associa a mesma com má postura muitas vezes se deduz que o ballet traga uma boa postura, o que não é necessariamente verdade pois o ballet promove uma hipocifose. Há um trabalho de Longworth, et al intitulado: Prevalence and predictors of adolescent idiopathic scoliosis in adolescent ballet dancers publicado em 2014 que mostrou uma alta prevalência de escoliose nos adolescentes certificados na escola de dança. Próximo aos anos 2000 houve um aumento do número de pesquisas onde um número significativo de cientistas correlacionaram a hipocifose com a progressão da curva escoliotica. [Dados da palestra apresentada pela Dra Patrícia nossa co-fundadora no Congresso sobre Escoliose em Istambul na Turquia em 2019] A escoliose é uma alteração tridimensional da coluna vertebral e do tronco. Entre tantos componentes um dos planos afetados é o plano sagital (de perfil) no segmento torácico onde a cifose nessa região sofre uma diminuição de seus valores normais facilitando assim, biomecanicamente, o agravamento da curva da escoliose. ONTEM, dia 16 de Dezembro de 2021, ou seja BEM RECENTE! foi publicado uma pesquisa de Grivas et al que estudou o perfil sagital da coluna vertebral de adolescentes com Escoliose Idiopática utilizando topografia de superfície. Eles consideraram que a hipocifose torácica facilita a rotação axial, o que poderia ser considerada um fator permissivo, ou seja, contribuiria para a progressão da escoliose e não um fator causal (Bem, esse é um assunto para outra postagem) Então: por analogia podemos pensar que se uma atividade que promove a retificação torácica como o Ballet, deve ser indicada para quem tem escoliose? Depois de toda essa informação não seria necessário refletir mais profundamente antes de prescrever o ballet como tratamento para escoliose? PRECISO DE ATENDIMENTO Este post foi escrito por: VEJA TAMBÉM:

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escoliose e a tenasidade
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A escoliose e a tenacidade

Escoliose e a Tenacidade Ao longo de mais de 20 anos de experiência no tratamento da escoliose, acompanhando centenas de adolescentes e adultos através de diferentes abordagens e terapias constatei uma qualidade muito presente neles, a tenacidade. Peter Clough e Doug Strycharczyk mental como “A qualidade que determina, em grande parte, como as pessoas lidam efetivamente com desafios, fatores estressantes e pressão … independentemente das circunstâncias prevalecentes”. Um entorse de tornozelo, por exemplo, tem um período determinado, você faz sessões de fisioterapia, se recupera e fica bom. Já, uma escoliose estruturada (e a mais comum delas é a idiopática) é uma condição crônica que se for detectada na adolescência, exigirá um tempo de tratamento que perdure até o final da fase de crescimento, ou seja, alguns anos. E em alguns casos exige cuidados durante toda a vida. Os atletas de elite exemplificam o tipo de resistência mental que os torna vencedores, mas as mesmas habilidades podem se aplicar a muitas áreas da vida cotidiana. Eles treinam durante muito tempo na busca de resultados. Força e resistência mental é comumente vista neles. Podemos e devemos nos inspirar não é? A escoliose e a tenacidade Para se alcançar o sucesso no tratamento da escoliose é necessário ter determinação, força de vontade e persistência. Enfrentar desafios, ter controle, compromisso e confiança são componentes críticos para a obtenção dos resultados almejados no tratamento da escoliose. Vivenciar um tratamento de escoliose traz muito aprendizado para a vida e mostra que após enfrenta-lo você sai mais forte e com capacidade de enfrentar situações adversas com naturalidade. Mas você pode perguntar: Será que eu tenho o que é preciso para persistir diante dos desafios? Nós respondemos : SIM! A força mental é uma habilidade que pode ser desenvolvida. A equipe do Projeto Escoliose Brasil e Instituto Brasileiro de Escoliose oferece tratamento de ponta, baseado nas melhores Evidências e seus membros, fisioterapeutas, têm certificação oficial no Método Schroth e abordagem SEAS -Scientific Exercises Approach to Scoliosis – e larga experiência de centenas de atendimentos. E conta também com um psicólogo para enfrentar os desafios exigidos nessa longa jornada. Por isso somos o centro mais experiente e qualificado o tratamento da escoliose. PRECISO DE ATENDIMENTO Este post foi escrito por: VEJA TAMBÉM:

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