Exercicios para Escoliose
Historicamente o tratamento médico da Escoliose no Brasil, segue as diretrizes estabelecidas ou no mínimo propostas nos estudos apresentados no SRS (Scoliosis Research Society) dos Estados Unidos da América.
Os profissionais da medicina seguem as premissas estabelecidas por esta organização pois torna o conhecimento mais accesível através das publicações e trabalhos apresentados durante anos nos congressos organizados pelo SRS.
Há mais de 30 anos uma publicação chamada Scoliosis and Other Spinal Deformities de John H. Moe, Robert B. Winter, David S. Bradford, John E. Lonstein, estabelecia as diretrizes sobre o tratamento da escoliose nos Estados Unidos. Nesta publicação os autores além de fornecerem detalhadas informações sobre a doença e seu tratamento, oferecia também informações profundas sobre os coletes e por curioso que pareça, também fazia referência à necessidade de fazerem parte do tratamento a utilização de exercícios fisioterapeuticos.
O curioso dessa informação é que os autores também descrevem porque não era fácil aplicar esta recomendação ( os exercícios) porque não havia na época profissionais habilitados e tampouco interessados em aplica-los. Assim esta publicação fazia uma detalhada prescrição do tratamento conservador da escoliose. Devemos destacar aqui que também eram detalhadamente descritas as aplicações de coletes como Milwaukee e Boston.
Com o advento das informações e evolução das cirurgias, o pendulo da medicina passou atender para descrever como a solução ou quase o único meio de tratar a escoliose a cirurgia. Durante os 20 últimos anos tem sido assim. Lamentavelmente, vale destacar.
Então em nosso país tem se por hábito seguir as premissas norte-americanas no que se refere ao tratamento ortopédico da escoliose.
No entanto, na Europa ao mesmo tempo que os autores escreviam este tão famoso exemplar da medicina ortopédica, já se realizavam estudos, e mais ainda a algumas dezenas de anos se tratava a escoliose com tratamento conservador como era o caso de Catharina Schroth em Bad Sobernheim na Alemanha no início da decada de 60, importante dizer que ela já apresentava trabalhos desde a década de 20.
Importante dizer que os autores fizeram no seu texto referências a esses trabalhos e lá haviam sim profissionais entusiasmados e dedicados ao tratamento conservador e seus coletes.
Então até hoje, diga-se lamentavelmente, os profissionais da medicina só vêm como tratamento o uso dos coletes, que foram destacados na publicação acima ou a alternativa cirúrgica.
Alguns outros profissionais, acreditamos compelidos pelos apelos mercadológicos, atualmente recomendam algumas terapias como o Pilates e o RPG, sem sequer terem conhecimento ou levarem em consideração a absoluta ausência de evidências científicas quanto a eficácia destas terapias. Importante destacar que neste caso estamos falando de Escoliose Idiopática.
Há mais de 10 anos com a criação do SOSORT (Sociedade Internacional de Tratamento Ortopédico e Reabilitação da Coluna) nova evidências foram apresentadas e publicadas que demonstram a eficiência do Exercícios Fisioterapêuticos Específicos para Escoliose. E desde a muitos anos vários membros assim como os Presidentes do SRS costumam estar presentes. Neste ano, foi a primeira vez que encontramos um médico brasileiro presentando trabalhos e tomando conhecimento dos avanços do Tratamento Conservador da Escoliose.
Então agora este trabalho do qual o Projeto Escoliose faz parte a alguns anos começa a ser reconhecido nos Estados Unidos e principalmente no SRS. Em 19 Maio último no site da organização, de autoria do Dr. M. Timothy Hresko, Chair, SRS Non-operative committee foi publicado um artigo onde são reconhecidos os Exercícios Fisioterapêuticos Específicos Escoliose como uma proposta de um tratamento complementar para a gestão ortopédicas de escoliose para evitar deformidade progressiva em crianças e adolescentes.
Desta forma esperamos também que em breve os médicos em nosso país se interessem pela indicação deste tratamento a modo de evitar que mais e mais dos nosso jovens sejam conduzidos a uma cirurgia altamente agressiva e custosa sem ter em sido utilizadas todas as alternativas terapeuticas.
O PROJETO ESCOLIOSE BRASIL ESTÁ PRONTO PARA MAIS ESTE DESAFIO.
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