Tratamento da Escoliose  com Exercícios e o SRS – Tradução

No post  Exercícios fisioterapeuticos para Escoliose e o SRS, informamos sobre uma declaração feita pelo  Presidente da Comissão não  cirúrgica do  SRS Scoliosis Research Society.

Como sabemos, grande parte de nossa população não  tem alcance ao aprendizado de outros idiomas, por este motivo fazemos questão de que nossa população tenha acesso às informações relevantes quanto ao tratamento da escoliose especialmente no mundo afora pois, lamentavelmente, no Brasil não contamos com pesquisas nem evidências de trabalhos sobre o tratamento não cirúrgico da escoliose, isto  motivou  a tradução.

O texto  abaixo foi publicado dias após o término do SOSORT 2014 realizado na cidade de Wiesbaden na Alemanha no mesmo mês de Maio. O Projeto Escoliose esteve presente neste importante evento  científico e pode constatar que hoje não pode-se mais falar em inconsistência terapêutica ou de não haver evidências sobre o trabalho que muitos fazem ao redor do mundo em pro do tratamento não cirúrgico da escoliose.

Tradução livre 

Link original: http://www.srs.org/news/index.php?id=521

Exercícios fisioterapêuticos específicos para escoliose: Scoliosis Research Society

M. Timothy Hresko, MD: Presidente da Comissão não cirúrgica da SRS

19 de Maio de 2014

Exercícios fisioterapêuticos específicos para escoliose (EFEE) têm sido propostos como um tratamento suplementar ao tratamento ortótico ( coletes ortopédicos) de escoliose para evitar a deformidade progressiva em crianças e adolescentes. EFEE também têm sido aplicados para pacientes adultos com dor associada a deformidades da escoliose. Os princípios comuns dos EFEE envolvem correção automática, alongamento e expansão da parede torácica com a integração da postura “corrigida” em atividades de vida diária. Foram propostos vários programas para tratamento de escoliose em toda a Europa.

Um dos proponentes iniciais foi Katharina Schroth da Alemanha, que estabeleceu uma clínica para tratamento de escoliose baseado em um conceito de spa (internação). A técnica de Schroth evoluiu para uma avaliação e um regime de tratamento intensivo inicial para incluir um programa residencial de várias semanas de duração, com sessões de terapia de grupo e individuais seguidos de exercícios diários realizados em casa e sessões periódicas de fisioterapia. Outras “escolas” fisioterapêuticas de escoliose  têm evoluído a partir do conceito Schroth incluindo a Escola Schroth-Barcelona (BSPTS), onde os exercícios são aprendidos em regime ambulatorial. Há diferentes abordagens também desenvolvidas na Europa como SEAS na Itália, Dobomed e FITS da Polônia, e Side-Shifting de Inglaterra, para citar alguns *. Um fisioterapeuta pode incorporar princípios de várias dessas “escolas” no tratamento individualizado do seu paciente com escoliose enquanto trabalha com uma equipe de reabilitação formada por fisioterapeutas, ortesistas e médicos.

Exercícios fisioterapêuticos específicos para escoliose têm sido utilizados juntamente com os coletes ortopédicos no tratamento da escoliose idiopática progressiva. A combinação das duas modalidades pode oferecer vantagens sobre outros planos simplificados de tratamento.

No presente momento, não há evidências a serem oferecidas que suportam EFEE em substituição às órteses no tratamento da escoliose idiopática progressiva. Apesar de algumas evidências terem demonstrado a superioridade de alguns programas EFEE em comparação com exercícios e / ou grupos controles não-específicos, ainda está muito cedo para fazer uma declaração geral sobre a sua aplicabilidade.

A maioria dos estudos na literatura é baseada em séries de casos de pacientes selecionados que são gerenciados em clínicas especializadas em escoliose. É incerto se os resultados do tratamento podem ser expandidos para a população em geral. Além disso, ainda se fazem necessárias avaliações para determinar se os efeitos da EFEE podem ser mantidos e se a escoliose não se deteriora com o tempo. Os programas de tratamento que enfatizam os mesmos princípios do EFEE estão sendo investigados por seu potencial de aplicação em um ambiente comunitário que é típico na América do Norte.

No presente momento, há forte evidência que apoia o uso de colete ortopédico no tratamento para escoliose moderada e para o tratamento cirúrgico da escoliose progressiva em adolescentes ou escoliose dolorosa em adultos. A detecção precoce da escoliose é fundamental para otimizar o atendimento de pacientes com deformidades da coluna vertebral. A detecção precoce envolve exame físico da coluna vertebral para a população em risco,no caso adolescentes por todos os prestadores de cuidados da saúde. Subsequentemente, podem ser estabelecidos programas de tratamento individualizado para pacientes nos quais tenham sido detectados uma deformidade.

A Sociedade de Pesquisa da Escoliose ( Scoliosis Research Society – SRS) e seus membros apoiam ativamente o tratamento ideal para cada paciente que pode incluir métodos de tratamento não-cirúrgico, cirúrgico e combinados. A SRS apoiou e continuará a apoiar estudos piloto de investigação para o papel dos exercícios no tratamento da escoliose. A SRS em conjunto com a Sociedade Internacional de Tratamento Ortopédico e Reabilitação da Coluna Vertebral (SOSORT) está em processo de desenvolvimento de diretrizes de pesquisa para o estudo do método de tratamento para escoliose que inclua órteses, exercícios fisioterapêuticos específicos para escoliose e outras associações (combinações) de tratamento.

Nota do tradutor/ Apenas estes métodos e abordagens apresentaram e apresentam pesquisas científicas e estudos de qualidade. Quando o autor afirma “para citar alguns” apenas a Escola de Lyon seria acrescentada.  

Fora destes métodos e técnicas nenhum outro apresentou evidências e/ou pesquisa científica de relevância.

 

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2 comentários em “Tratamento da escoliose com Exercícios – SRS”

  1. Ana Luísa de Carvalho Pinto

    Olá!!

    Tenho muito interesse nesse assunto!!
    Estou fazendo especialização em Fisioterapia pela UFMG, e gostaria de artigos referentes às atuais intervenções fisioterápicas na escoliose em adolescentes ( idiopática).

    Desde já agradeço
    Atenciosamente,

    Ana Luísa de Carvalho Pinto

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