Evidência científica na escoliose, demorou mas parece que já virou “moda” no Brasil

Evidência científica na Escoliose
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Dra. Patricia Italo Mentges

Schroth Instructor - Fisioterapeuta

Evidência científica na escoliose, demorou mas parece que já virou “moda” no Brasil. 

 
É válido lembrar que o Projeto Escoliose Brasil pioneiramente vem se referindo a este tema desde 2011, quando introduziu o tratamento da escoliose baseado na abordagem SEAS que quer dizer Abordagem de Exercícios Científicos para Escoliose.
 
Falar de evidência científica para tratar escoliose e incluir a SOSORT é imprescindível, porém é necessário fazê-lo da forma correta, principalmente sem induzir os leitores ou os pacientes ao erro.
 
A SOSORT gera as diretrizes (Guidelines) e os Consensos que guiam o tratamento da escoliose ao redor do mundo.
O Guideline mais relevante é o de 2011 – Tratamento Ortopédico e Reabilitação da Escoliose idiopática durante o crescimento. Este documento abrange todos os aspectos do tratamento.
 
O Projeto Escoliose realizou pela primeira vez no mundo um Curso que se aprofundou sobre o estudo minucioso e a compreensão desta publicação em setembro de 2016 e continuamos a oferecê-lo como Módulo de Estudos da Escoliose aos profissionais interessados.
 
No Guideline 2011 é destacado que:   ” “Escoliose estrutural”, ou apenas escoliose, deve ser diferenciada da “escoliose funcional”, ou seja, uma curvatura secundária a causas extra-espinhais conhecidas (por exemplo, diferença de comprimento de membros inferiores geralmente conhecida como “perna mais curta que a outra” ou diferença de tonicidade de músculos paravertebrais). Este tipo de escoliose geralmente é parcialmente reduzido ou desaparece completamente após a causa subjacente ser eliminada… 
 
Então se estivermos diante de uma pessoa com escoliose e que apresente diferença de comprimento de membros inferiores NÃO ESTAMOS DIANTE de uma ESCOLIOSE IDIOPÁTICA! Este erro é tão  elementar quanto perigoso.
 
Lembremos sempre que este diagnóstico é de exclusão.
 
Se temos uma causa e a curva reduz em parte ou completamente é porque NÃO estamos diante de uma escoliose idiopática.
 
Quando NÃO SE É um profissional habilitado, certificado, qualificado e com a devida experiência em TRATAMENTO da escoliose errar é comum!
 
Para o bem dos pacientes, se é para virar moda, que seja da melhor qualidade! 
 
 
 
 

1 comentário em “Evidência científica na escoliose, demorou mas parece que já virou “moda” no Brasil”

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