Semana passada a fala de uma paciente de 28 anos me inspirou a escrever sobre a importância de ouvir e prestar atenção.
Ela me disse assim que me preparei para começar a nossa avaliação: nossa que bom! Ainda bem que você sentou para conversarmos.
O objetivo pretendido com o progresso da ciência e da tecnologia é levar a um avanço da condição humana. Sendo assim, deveríamos estar evoluindo e nos tornando uma versão “melhor” e mais feliz de nós mesmos, com uma melhoria significativa em nossa qualidade de vida. Mas infelizmente, estamos enfrentando o oposto do objetivo pretendido.
Onde ficou o atendimento centrado no paciente? E a escuta? Será que ela ocorre no tratamento da escoliose?
Ouvir conecta as pessoas e também possibilita uma troca. É nessa troca que descobrimos o que realmente importa. Hoje, a grande maioria dos nossos pacientes chega com uma queixa lamentável; receberam um diagnóstico enlatado e uma receita igualmente enlatada e o restante da sua história ou foi ridicularizado ou descartado. Resumiram o seu problema a uma radiografia, resumiram o seu problema a um número, um ângulo, resumiram o seu problema a uma má postura. Venderam a eles a redução de números, venderam a eles uma “retidão”, entregaram a eles puro marketing. Em suma, eles não foram ouvidos e deixaram a consulta sentindo-se “patologizados” e nada melhor do que quando chegaram, cheios de dúvidas e informações equivocadas que temos que sanar com um tempo estendido de nossa primeira avaliação aqui no Instituto de Escoliose.
Já recebemos algumas críticas e indagações a respeito do tipo: como vocês levam tanto tempo avaliando?!?
Às quais retrucamos: por que não usar esse tempo?!?
Como deixar os pais de um adolescente com escoliose sem esclarecimento? Como eles vão entender? Como os jovens vão aderir a um tratamento longo se não entendem, se não forem escutados? E claro que o mesmo ocorre com os adultos jovens e os idosos com escoliose.
A história, a experiência, a biologia, a biografia, as preferências, as dúvidas, os gostos de um paciente contribuem para o desenrolar da experiência de saúde ou doença. Essa é uma peça chave!
Por outro lado não adianta ouvir e não utilizar a prática baseada em evidências. Sem o benefício das evidências científicas, a segurança do paciente está em risco. Então, o que se deve fazer?
Tanto a escoliose do adolescente como a escoliose do adulto vêm carregadas de impacto de toda natureza.
É fundamental ouví-los! A escuta atenta faz parte, integra a nossa avaliação que é extensa aqui no nosso Instituto devido à complexidade dessa condição.
Uma avaliação que ao final tem o objetivo de que tenhamos um quadro claro da situação atual devido à informações precisas em forma de número para que nossos pacientes se sintam ouvidos, validados, devidamente examinados e portanto cuidados e apoiados.
A fisioterapia especializada no tratamento da escoliose não é apenas ciência, é uma arte, e grande parte dessa arte depende da qualidade da escuta.
Fazer esta escolha nos exigiu um risco significativo, afinal é muito diferente do habitual gastar “tanto tempo” nas sessões.
Com o passar do tempo, minha vida foi preenchida com significado e realização, para além de uma prática fisioterapêutica baseada em evidências dedicada ao alto padrão de atendimento. (Aqui vale um destaque especial às formações internacionais originais e oficiais como pré-requisito mínimo para esse propósito – no nosso caso abordagem SEAS e Método Schroth que são os métodos que apresentam evidência científica de sua eficiência no tratamento da escoliose).
Para mim, o desafiador e exigente tratamento de pessoas com escoliose é formado pelo encontro harmonioso entre o melhor uso da ciência e a arte de ouvir.
Leonard Bernstein foi certeiro em afirmar sobre por que prestar atenção é um ato contracultural de coragem e resistência.
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