Verdadeira conscientização da escoliose! Dr. Peter O. Newton

Verdadeira conscientização da escoliose No último dia do mês da conscientização da escoliose queremos trazer a tona a mensagem deixada pelo do Dr. Peter O. Newton, médico cirurgião, presidente eleito da SRS – Scolisis Research Society – na palestra proferida no HSS Hospital for Special Surgery em New York. O posicionamento de um profissional que foi eleito presidente da SRS, a maior sociedade sobre pesquisa da escoliose, para o exercício de 2019, faz emergir reflexões importantes. O tratamento da escoliose não pode e não deve ser direcionado apenas pela magnitude do ângulo de Cobb. As evidências vêm trazendo, a cada dia, que há muitos fatores além desta medição a serem levados em consideração.A decisão terapêutica deve ser tomada conjuntamente (médico e paciente e família) e com toda a informação passada e ouvindo as expectativas do paciente e sua família. Esta é a expressão da verdadeira conscientização! Quando tais palavras vêm do presidente de uma sociedade essencialmente constituída por cirurgiões ganham maior importância e significado!!! Que em breve traduzam a realidade do tratamento da escoliose idiopática. Um resumo das palavras de sabedoria do Dr. Peter O. Newton: “pacientes com escoliose que cresceram mesmo com escoliose progressiva – não há pressa em fusionar a coluna. Quer praticar esportes, dançar, ir para a faculdade, casar, ter filhos e depois considerar a fusão (cirurgia) – não há problema em esperar. Nenhuma diferença na correção. E se um médico te empurrar para a cirurgia – encontre outro … ” Nós do Instituto Brasileiro de Escoliose há anos afirmamos isso ao sermos um centro afinado com as mais modernas evidências para o tratamento da escoliose, como membros da SOSORT – Sociedade Internacional da Tratamento Ortopédico e Reabilitação da Escoliose que gera as Diretrizes para o tratamento da escoliose. Infelizmente no Brasil as Diretrizes não são seguidas, desde o cumprimento de políticas para detecção precoce até o gerenciamento correto que consiste em indicar e/ou utilizar métodos e técnicas e coletes para tratamento da escoliose baseados em evidência científica. As Diretrizes são claras em relação às recomedações sobre os requisitos para os médicos, fisioterapeutas e ortesistas, mas não são desconhecidas ou negligenciadas o que faz o nosso país apresentar uma das taxas de cirurgia mais altas do mundo. Aproveitamos este momento para lembrar da necessidade urgente de mudar e continuar durante os todos os dias do ano nesta campanha que deve consistir de contínuo aprimoramento dos profissionais para que se ofereça um gerenciamento correto do tratamento da escoliose. Não é mais possível aceitar que hoje tenhamos este nível de desconhecimento e desatenção a uma condição que afeta um numero muito grande de pessoas e que gera tanto sofrimento. Aprenda, apoie e abrace esta causa! PRECISO DE ATENDIMENTO Este post foi escrito por: VEJA TAMBÉM:
SRS – Curso inedito para os cirurgioes aprenderem sobre fisioterapia especifica para escoliose

“SRS organiza um curso inédito para os cirurgiões aprenderem sobre fisioterapia específica para escoliose.” O SRS (Scoliosis Research Society – USA), instituição de referência para tratamento da escoliose e outras afecções da coluna vertebral verte sua atenção à importância da Fisioterapia Especializada para Escoliose com a organização de um curso para médicos cirurgiões tomarem conhecimento sobre os Exercícios Específicos para Escoliose (EEEs). No Brasil e America Latina o Projeto Escoliose é pioneiro ao trazer e oferecer tratamento da escoliose através dos EEEs. Sob a orientação da Dra. Patricia Italo Mentges primeira e única profissional na America Latina a obter formação de especialista SAA – SEAS (Scientific Exercises Approach to Scoliosis) no ISICO (Istituto Scientifico Italiano Colonna Vertebrale) de Milão na Itália, o Projeto Escoliose tem até hoje atendido com sucesso a dezenas de pacientes. O desconhecimento médico no Brasil sobre os EEEs e sua eficiência, tem levado inúmeros pacientes à sala de cirurgia, privando-os de uma alternativa real e eficiente hoje reconhecida mundialmente. É importante destacar que os EEEs não são algo novo mundo afora, muito pelo contrário, são anteriores à alternativa cirúrgica. Demorou um tempo para serem apresentadas evidências científicas de qualidade porque todos os olhares se dirigiam para a cirurgia, isto a mais de 30 anos atrás, demonstrando como no Brasil existe atraso no tratamento. A difusão da eficiência dos EEEs foi prejudicada quando apareceram “técnicas”, “métodos” e outras alternativas que são na melhor das hipóteses totalmente ineficientes e na pior até mesmo perigosas. Muitos profissionais da fisioterapia foram cativados por argumentos completamente mercantilistas e hoje acreditam cegamente estar realizando um trabalho que de alguma forma ajudaria seus pacientes. Os EEEs são baseados em evidências científicas e o Projeto Escoliose tem, teve e sempre terá compromisso com a Prática Baseada em Evidências (PBE). Então o SRS ciente desta nova realidade, se adianta oferecendo um curso para o conhecimento médico, ação que devemos elogiar e agradecer em nome de milhares de pacientes. Leia a integra com tradução livre do Projeto Escoliose: Link original em inglês: http://goo.gl/kLoiDJ “SRS organizando um curso novo para os cirurgiões aprenderem sobre fisioterapia específica para escoliose.” Título do artigo original: Atualização do Comitê de Gestão Não – cirúrgica da escoliose Durante o ano passado, o Comitê de Gestão não-cirúrgica da escoliose em coordenação com a Linha Presidencial, o Comitê de Política de Saúde do SRS, AAOS, POSNA e a AAP, desenvolveram e proferiram uma declaração de consenso para a Preventive Services Task Force dos Estados Unidos (USPSTF) instando- a reconsiderar a atual recomendação “D” para a triagem escolar para escoliose idiopática do adolescente. A mudança de ênfase também foi incentivada, longe da escola em direção à triagem para a detecção precoce da escoliose. Neste momento, a USPSTF decidiu voltar a esta recomendação e vai emitir uma recomendação atualizada em 2017. No próximo ano, a comissão vai prosseguir o seu trabalho sobre a avaliação dos Exercícios Específicos para Escoliose (EEE) e está em processo de desenvolvimento de um curso de meio dia para o Meeting & Curso Anual de 2016 explorando o tema mais profundamente. A ênfase será sobre a base científica atual e suporte para esta modalidade, bem como a melhor forma de transmitir e gerenciá-lo na prática, juntamente com o uso adequado de órtese. O curso irá explorar como os EEEs podem ser considerados para pacientes infantis, adolescentes e adultos com escoliose. Também este ano, o comitê irá analisar a adesão a atual gestão não-cirúrgica de pacientes portadores de escoliose, incluindo pacientes adultos. A ênfase aqui será na avaliação do uso de órtese, à luz da publicação dos resultados do estudo BrAIST, o uso de monitoramento do uso do colete e a prescrição de EEEs. Quando a pesquisa (questionário) chegar, por favor, tome um tempo para preenchê-la!
Junho, mês da conscientização da escoliose
Junho é o mês do Dia dos Namorados, das Festas Juninas e também é o mês da Conscientização da Escoliose pelo Mundo. Podemos comprovar isto através do seguintes exemplos No Canadá: O prefeito de Ottawa Jim Watson proclamou hoje 1º de Junho, em evento organizado pelo grupo Curvy Girls de Ottawa “o dia da Consciência da Escoliose” Nos Estados Unidos: Joe O’Brien President/CEO da National Scoliosis Foundation noticiou a proclamação por parte do Governador Baker do Estado de Massachussets do mês de Junho como o Mês da Conscientização da Escoliose. O SOSORT Sociedade Internacional especializada em tratamento não cirúrgico da Escoliose – Europa – do qual o Projeto Escoliose é membro e o SRS (Scoliosis Research Society) USA lançaram na sua página do Face e no website: Junho é o mês Nacional de Conscientização da Escoliose e que o dia 27 de Junho é o dia de sua Conscientização. O SRS incluirá neste mês na página principal o símbolo que representa esta iniciativa e campanha. No Brasil: Nós do Projeto Escoliose Brasil, além de inúmeras atividades ao longo de 4 anos, ajudamos a elaborar dois Projetos de Lei: No dia 16 de dezembro de 2014, foram apresentados na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), pelo Deputado Alexandre Correa – PR, dois Projetos de Lei que abordam o tratamento da escoliose. Aprovado em plenário pelo Parlamento Estadual, o PL 2165/2013 “dispõe sobre a semana estadual de detecção precoce e tratamento da escoliose nas escolas da rede pública de ensino no âmbito do Estado do Rio de Janeiro”. Já o PL 2198/2013 trata da detecção precoce de escoliose nos alunos das escolas da rede pública estadual de ensino. Infelizmente as leis não foram sancionadas pelo Governador. Agora em 2015 estaremos realizando no dia 27 de Junho o III Encontro Anual de Escoliose que contará com palestra motivacional de Livia Trivizol e com a presença do Dr Miguel Gomez, médico ortesista que desenvolveu o colete 3D CAD-CAM GOSS SYSTEMS. É fundamental a conscientização sobre esta patologia ainda tão desconhecida por aqui e atinge muitos brasileiros. E você, o que está fazendo ou pretende fazer para apoiar a campanha de conscientização da Escoliose?
SRS poderá financiar estudos sobre Exercicios Fisioterapeuticos Especificos para Escoliose
No resultado de uma pesquisa apresentada hoje dia 7 de Maio de 2015 no 10 Congresso SOSORT em Katovice-Polonia, foi evidenciado entre os médicos cirurgiões do SRS – Scoliosis Research Society com sede nos Estado Unidos, que mais da metade 53%, manifestou aumento do interesse nos Exercícios Fisioterapêuticos Específicos para Escoliose. Este trabalho foi apresentado pelo Dr. Patrick Knott, médico PHD, PA-C com 20 anos de experiência em cirurgia ortopédica e especializado em deformidades espinhais pediátricas. O Dr. Knott atualmente é Vice Presidente da Universidade de Medicina e Ciências Rosalind Franklin em North Chicago no estado de Illinois. Do total de 263 médicos membros do SRS que foram entrevistados, 223 ou seja 85% manifestaram-se a favor de que os estudos sobre EFEE (Exercícios Fisioterapêuticos Específicos para Escoliose) sejam financiados pelo SRS. Isto demonstra o grande avanço em que se encontra o assunto nos Estados Unidos e junto ao SRS. Lamentamos que no Brasil, ainda não encontremos profissionais visionários que entendam este avanço, assim ainda estamos muito distantes de oferecer um trabalho multidisciplinar sério aos pacientes acometidos pela escoliose em nosso país.
Tratamento da escoliose com Exercícios – SRS

Tratamento da Escoliose com Exercícios e o SRS – Tradução No post Exercícios fisioterapeuticos para Escoliose e o SRS, informamos sobre uma declaração feita pelo Presidente da Comissão não cirúrgica do SRS Scoliosis Research Society. Como sabemos, grande parte de nossa população não tem alcance ao aprendizado de outros idiomas, por este motivo fazemos questão de que nossa população tenha acesso às informações relevantes quanto ao tratamento da escoliose especialmente no mundo afora pois, lamentavelmente, no Brasil não contamos com pesquisas nem evidências de trabalhos sobre o tratamento não cirúrgico da escoliose, isto motivou a tradução. O texto abaixo foi publicado dias após o término do SOSORT 2014 realizado na cidade de Wiesbaden na Alemanha no mesmo mês de Maio. O Projeto Escoliose esteve presente neste importante evento científico e pode constatar que hoje não pode-se mais falar em inconsistência terapêutica ou de não haver evidências sobre o trabalho que muitos fazem ao redor do mundo em pro do tratamento não cirúrgico da escoliose. Tradução livre Link original: http://www.srs.org/news/index.php?id=521 Exercícios fisioterapêuticos específicos para escoliose: Scoliosis Research Society M. Timothy Hresko, MD: Presidente da Comissão não cirúrgica da SRS 19 de Maio de 2014 Exercícios fisioterapêuticos específicos para escoliose (EFEE) têm sido propostos como um tratamento suplementar ao tratamento ortótico ( coletes ortopédicos) de escoliose para evitar a deformidade progressiva em crianças e adolescentes. EFEE também têm sido aplicados para pacientes adultos com dor associada a deformidades da escoliose. Os princípios comuns dos EFEE envolvem correção automática, alongamento e expansão da parede torácica com a integração da postura “corrigida” em atividades de vida diária. Foram propostos vários programas para tratamento de escoliose em toda a Europa. Um dos proponentes iniciais foi Katharina Schroth da Alemanha, que estabeleceu uma clínica para tratamento de escoliose baseado em um conceito de spa (internação). A técnica de Schroth evoluiu para uma avaliação e um regime de tratamento intensivo inicial para incluir um programa residencial de várias semanas de duração, com sessões de terapia de grupo e individuais seguidos de exercícios diários realizados em casa e sessões periódicas de fisioterapia. Outras “escolas” fisioterapêuticas de escoliose têm evoluído a partir do conceito Schroth incluindo a Escola Schroth-Barcelona (BSPTS), onde os exercícios são aprendidos em regime ambulatorial. Há diferentes abordagens também desenvolvidas na Europa como SEAS na Itália, Dobomed e FITS da Polônia, e Side-Shifting de Inglaterra, para citar alguns *. Um fisioterapeuta pode incorporar princípios de várias dessas “escolas” no tratamento individualizado do seu paciente com escoliose enquanto trabalha com uma equipe de reabilitação formada por fisioterapeutas, ortesistas e médicos. Exercícios fisioterapêuticos específicos para escoliose têm sido utilizados juntamente com os coletes ortopédicos no tratamento da escoliose idiopática progressiva. A combinação das duas modalidades pode oferecer vantagens sobre outros planos simplificados de tratamento. No presente momento, não há evidências a serem oferecidas que suportam EFEE em substituição às órteses no tratamento da escoliose idiopática progressiva. Apesar de algumas evidências terem demonstrado a superioridade de alguns programas EFEE em comparação com exercícios e / ou grupos controles não-específicos, ainda está muito cedo para fazer uma declaração geral sobre a sua aplicabilidade. A maioria dos estudos na literatura é baseada em séries de casos de pacientes selecionados que são gerenciados em clínicas especializadas em escoliose. É incerto se os resultados do tratamento podem ser expandidos para a população em geral. Além disso, ainda se fazem necessárias avaliações para determinar se os efeitos da EFEE podem ser mantidos e se a escoliose não se deteriora com o tempo. Os programas de tratamento que enfatizam os mesmos princípios do EFEE estão sendo investigados por seu potencial de aplicação em um ambiente comunitário que é típico na América do Norte. No presente momento, há forte evidência que apoia o uso de colete ortopédico no tratamento para escoliose moderada e para o tratamento cirúrgico da escoliose progressiva em adolescentes ou escoliose dolorosa em adultos. A detecção precoce da escoliose é fundamental para otimizar o atendimento de pacientes com deformidades da coluna vertebral. A detecção precoce envolve exame físico da coluna vertebral para a população em risco,no caso adolescentes por todos os prestadores de cuidados da saúde. Subsequentemente, podem ser estabelecidos programas de tratamento individualizado para pacientes nos quais tenham sido detectados uma deformidade. A Sociedade de Pesquisa da Escoliose ( Scoliosis Research Society – SRS) e seus membros apoiam ativamente o tratamento ideal para cada paciente que pode incluir métodos de tratamento não-cirúrgico, cirúrgico e combinados. A SRS apoiou e continuará a apoiar estudos piloto de investigação para o papel dos exercícios no tratamento da escoliose. A SRS em conjunto com a Sociedade Internacional de Tratamento Ortopédico e Reabilitação da Coluna Vertebral (SOSORT) está em processo de desenvolvimento de diretrizes de pesquisa para o estudo do método de tratamento para escoliose que inclua órteses, exercícios fisioterapêuticos específicos para escoliose e outras associações (combinações) de tratamento. Nota do tradutor/ Apenas estes métodos e abordagens apresentaram e apresentam pesquisas científicas e estudos de qualidade. Quando o autor afirma “para citar alguns” apenas a Escola de Lyon seria acrescentada. Fora destes métodos e técnicas nenhum outro apresentou evidências e/ou pesquisa científica de relevância. AJUDE-NOS A PROMOVER O CONHECIMENTO SOBRE A ESCOLIOSE, COMPARTILHE ESTE POST PRECISO DE ATENDIMENTO Este post foi escrito por: VEJA TAMBÉM:
Exercícios para Escoliose e o SRS
Exercicios para Escoliose Historicamente o tratamento médico da Escoliose no Brasil, segue as diretrizes estabelecidas ou no mínimo propostas nos estudos apresentados no SRS (Scoliosis Research Society) dos Estados Unidos da América. Os profissionais da medicina seguem as premissas estabelecidas por esta organização pois torna o conhecimento mais accesível através das publicações e trabalhos apresentados durante anos nos congressos organizados pelo SRS. Há mais de 30 anos uma publicação chamada Scoliosis and Other Spinal Deformities de John H. Moe, Robert B. Winter, David S. Bradford, John E. Lonstein, estabelecia as diretrizes sobre o tratamento da escoliose nos Estados Unidos. Nesta publicação os autores além de fornecerem detalhadas informações sobre a doença e seu tratamento, oferecia também informações profundas sobre os coletes e por curioso que pareça, também fazia referência à necessidade de fazerem parte do tratamento a utilização de exercícios fisioterapeuticos. O curioso dessa informação é que os autores também descrevem porque não era fácil aplicar esta recomendação ( os exercícios) porque não havia na época profissionais habilitados e tampouco interessados em aplica-los. Assim esta publicação fazia uma detalhada prescrição do tratamento conservador da escoliose. Devemos destacar aqui que também eram detalhadamente descritas as aplicações de coletes como Milwaukee e Boston. Com o advento das informações e evolução das cirurgias, o pendulo da medicina passou atender para descrever como a solução ou quase o único meio de tratar a escoliose a cirurgia. Durante os 20 últimos anos tem sido assim. Lamentavelmente, vale destacar. Então em nosso país tem se por hábito seguir as premissas norte-americanas no que se refere ao tratamento ortopédico da escoliose. No entanto, na Europa ao mesmo tempo que os autores escreviam este tão famoso exemplar da medicina ortopédica, já se realizavam estudos, e mais ainda a algumas dezenas de anos se tratava a escoliose com tratamento conservador como era o caso de Catharina Schroth em Bad Sobernheim na Alemanha no início da decada de 60, importante dizer que ela já apresentava trabalhos desde a década de 20. Importante dizer que os autores fizeram no seu texto referências a esses trabalhos e lá haviam sim profissionais entusiasmados e dedicados ao tratamento conservador e seus coletes. Então até hoje, diga-se lamentavelmente, os profissionais da medicina só vêm como tratamento o uso dos coletes, que foram destacados na publicação acima ou a alternativa cirúrgica. Alguns outros profissionais, acreditamos compelidos pelos apelos mercadológicos, atualmente recomendam algumas terapias como o Pilates e o RPG, sem sequer terem conhecimento ou levarem em consideração a absoluta ausência de evidências científicas quanto a eficácia destas terapias. Importante destacar que neste caso estamos falando de Escoliose Idiopática. Há mais de 10 anos com a criação do SOSORT (Sociedade Internacional de Tratamento Ortopédico e Reabilitação da Coluna) nova evidências foram apresentadas e publicadas que demonstram a eficiência do Exercícios Fisioterapêuticos Específicos para Escoliose. E desde a muitos anos vários membros assim como os Presidentes do SRS costumam estar presentes. Neste ano, foi a primeira vez que encontramos um médico brasileiro presentando trabalhos e tomando conhecimento dos avanços do Tratamento Conservador da Escoliose. Então agora este trabalho do qual o Projeto Escoliose faz parte a alguns anos começa a ser reconhecido nos Estados Unidos e principalmente no SRS. Em 19 Maio último no site da organização, de autoria do Dr. M. Timothy Hresko, Chair, SRS Non-operative committee foi publicado um artigo onde são reconhecidos os Exercícios Fisioterapêuticos Específicos Escoliose como uma proposta de um tratamento complementar para a gestão ortopédicas de escoliose para evitar deformidade progressiva em crianças e adolescentes. Desta forma esperamos também que em breve os médicos em nosso país se interessem pela indicação deste tratamento a modo de evitar que mais e mais dos nosso jovens sejam conduzidos a uma cirurgia altamente agressiva e custosa sem ter em sido utilizadas todas as alternativas terapeuticas. O PROJETO ESCOLIOSE BRASIL ESTÁ PRONTO PARA MAIS ESTE DESAFIO. Você precisa de tratamento para escoliose? Nós temos a solução Preencha o Formulário para Tratamento
Colete ortopédico, uma evidência no tratamento da Escoliose

Colete Ortopédico para Escoliose Idiopática do Adolescente. Com o advento da notícia publicada no New England Journal of Medicine [onde é mencionado o resultado de uma pesquisa realizada pela American Orthopaedic of University of Iowa que CONFIRMA e PROVA a eficiência do uso do colete ortopédico por adolescentes escolióticos novos caminhos se abrem para o tratamento conservador da escoliose pelo mundo. A surpresa maior foi dos investigadores Stuart Weinstein, M.D. médico, and Lori Dolan, Ph.D., da University of Iowa na cidade de Iowa, USA ; que até então eram contundentes opositores ao uso do colete ortopédico no tratamento da escoliose , pois se depararam com evidências do contrário. Desta forma estaria indo por agua abaixo a afirmação de muitos anos onde os especialistas norte-americanos e do norte da Europa diziam que para a escoliose havia que “esperar e ver“, do inglês:”wait and see”. O resultado desta pesquisa causou muita agitação no 48º Congresso da Scoliosis Research Society (SRS), Sociedade de Pesquisa da Escoliose, que terminou em Lyon, França no dia 21 deste mês, ou seja 5 dias atrás. Os pesquisadores norte-americanos estavam tão convencidos da prova em contrário, que ficaram surpresos com os resultados positivos em favor do colete ortopédico, confessou a Dra. Lori Dolan, diretor científico do estudo ao Prof. Stefano Negrini, diretor do ISICO de Milão, instituição a que somos ligados. “Foi um momento histórico para a prática do tratamento conservador da escoliose” disse o Prof.Negrini. Esse estudo sobre o uso do colete ortopédico por adolescentes envolveu 383 pacientes de 25 centros de escoliose localizados nos Estados Unidos e Canada e começou em março de 2007 e perdurou até fevereiro de 2011. Somente foi utilizado o colete ortopédico TLSO rígido. “De agora em diante não poderá mais se dizer que na literatura não há resultados cientificamente sérios a favor do colete ortopédico, porque este estudo confirmou a máxima evidência científica possível, sendo a mesma em que baseamos os trabalhos por anos no ISICO”, afirmou o Prof. Negrini que é o diretor científico do ISICO. O Prof. Negrini esclarece que o estudo americano envolveu pacientes com alto risco de agravamento da escoliose na adolescência, com curvas entre 20 e 40 graus Cobb e foi realizado utilizando um termosensor (monitor de temperatura)– para registrar o numero de horas de uso do colete ortopédico- produto que é usado regularmente há muitos anos com todos os pacientes do ISICO, não tão somente para pesquisa mas na prática clínica. Os dados obtidos na pesquisa demonstraram que a cirurgia foi evitada em 72-75% dos casos nos paciente que usaram colete ortopédico comparados com 42-48% naqueles apenas “observados”. Por outro lado se viu que se o colete ortopédico foi usado pelo menos 18 horas por dia, o resultado foi positivo em 90%; se foi usado de 6 a 12 horas que representou a média do estudo (70%), e por fim usar 6 horas por dia é mesma coisa que não usar. “Em determinado momento, o estudo foi interrompido – disse o prof. Negrini – porque a comissão de ética que o controlava disse que ele não era mais eticamente aceitável por não tratar todos os pacientes que participava do estudo com o colete ortopédico. Assim foi colocada uma lápide sobre o tão conhecido “esperar e ver” para este grupo de pacientes que tratamos na Itália, com o colete”. Prof. Negrini continua: “Segundo os dados de um de nossos estudos menos de 3% irão para cirurgia porque o nosso paciente utiliza o colete ortopédico em 95% dos casos pelo menos por 22 horas, se necessário por 23 horas. Isto acontece graças ao trabalho em equipe com os pacientes e suas famílias que nós realizamos a anos”* “Este estudo apresenta evidências importantes que abordam a questão fundamental que se coloca para famílias e médicos que lidam com o diagnóstico de Escoliose Idiopática do Adolescente – usar ou não usa colete”, disse Weinstein. “Agora podemos dizer com confiança que órtese (colete ortopédico) previne a necessidade de cirurgia.”** “Este estudo é determinante na clínica para tomada de decisão visando a gestão não cirúrgica da escoliose idiopática do adolescente.” *** Estas informações ratificam o grande esforço que o Projeto Escoliose vem fazendo em tentar demonstrar que o tratamento conservador é uma realidade pelo mundo e um direito dos escolióticos também no Brasil. Importante destacar que Tratamento Conservador é composto pelo binômio Fisioterapia Especializada e Colete Ortopédico. Esperamos que estas informações cheguem rapidamente aos ouvidos dos que relutam em reconhecer os profissionais sérios e capacitados que desenvolvem um trabalho cientificamente comprovado em prol da saúde dos escolióticos. Fontes: * ISICO https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1307337 PRECISO DE ATENDIMENTO Este post foi escrito por: VEJA TAMBÉM: