Autor: Dr. Fabio Zaina – Médico
A escoliose é uma deformidade tridimensional da coluna vertebral que se inclina para o lado, formando uma curva no plano frontal (o que se você vê na radiografia), gira sobre si mesma criando uma giba (corcunda), e reduz as curvas da coluna vista de perfil (cifose dorsal e lordose lombar). É uma doença de base genética, e é, portanto, mais frequente em vários membros de uma mesma família. A causa é desconhecida na maioria dos casos, portanto, é definida como idiopática. Em cerca de 20% dos casos é secundária a outras doenças, tais como deformidades congênitas da coluna vertebral, alguns distúrbios neurológicos, tecido conjuntivo, muscular.
Dependendo da idade da primeira observação é definida como neonatal, infantil, juvenil, adolescente, adulto; a escoliose tende a evoluir no sentido de uma progressiva deterioração durante a fase de crescimento, especialmente durante o desenvolvimento pubertário.
O prognóstico para a idade adulta depende do grau de escoliose no final do crescimento do osso: escoliose normalmente abaixo de 30° Cobb tende a permanecer estável com raras exceções. A escoliose com mais de 50° tende a agravar-se na idade adulta, geralmente 0,5-1° Cobb por ano. A escoliose entre 30°e 50° não tem um destino certo, mas os riscos são proporcionais ao graus.
Quais são os problemas associados com a escoliose?
Os problemas são vários, desde a estética que levam os pais a consultar um médico, o risco de dor nas costas na vida adulta (escoliose não causa dor alguma durante o crescimento), o risco de deterioração progressiva na idade adulta, risco de se curvar primeiro para um lado e depois para frente, o risco de problemas respiratórios. O limiar de risco para a vida adulta, de acordo com dados publicados até o momento, fica a cerca de 30° Cobb em relação à piora e a dor nas costas, enquanto que problemas respiratórios ocorrem em escoliose com mais de 70 °.
Como tratar a escoliose?
Os tratamentos para escoliose que foram cientificamente comprovados como eficazes em conter e até mesmo para melhorar a escoliose são: exercícios específicos (não se trata de qualquer tipo de exercícios, mas os de reforço baseados em autocorreção), coletes (colete ortopédico para escoliose) as faixas (Spinecor), o colete rígido, o colete gessado. Para casos mais graves, mais de 50 °, ou que não respondem ao tratamento com colete /gesso e se as famílias/pacientes o desejarem, existe a cirurgia.
Há também tratamentos “alternativos”?
Os tratamentos “alternativos”: aparelho para oclusão, palmilha, reeducação alimentar, homeopatia, manipulação (osteopatia, quiropraxia, etc.), métodos como (Mézières, Souchard-RPG, RPG’s, Método Raggi, Pancafit, Método Rovatti, Método Bertelè) não são indicados e não devem ser utilizados para tratar a escoliose enquanto nenhum estudo científico tenha documentado a sua eficácia, conforme relatado pelas Diretrizes italianas para o Tratamento Conservador da Escoliose , o primeiro no mundo a ter se ocupado do tratamento não cirúrgico da escoliose. Estas indicações foram assumidas pelas diretrizes internacionais do SOSORT (Sociedade Internacional de Tratamento Ortopédico e Reabilitação da Escoliose), que desencorajam fortemente métodos sem evidência científica como os acima citados.
A quem devo procurar para tratar a escoliose dos meus filhos, ortopedista ou fisiatra?
Não é suficiente ter a especialidade em ortopedia ou fisiatria para saber como lidar com a escoliose. É necessário contatar aqueles que vêm muitos casos de escoliose todos os dias, porque é uma doença desconhecida e traiçoeira, e qualquer escoliose mal gerenciada (tratada) arruinará a qualidade de vida do adulto. O SOSORT estabeleceu critérios para a gestão de tratamento que podem ser lidos tanto em italiano e na versão original em Inglês e podem ajudar você a escolher com maior tranquilidade.
Para mais informações, por favor, visite o GSS.
Original: Scoliosi del bambino Dr. Fabio Zaina
Nota do tradutor: o site do GSS só se apresenta em italiano.